O Jiu-Jítsu, ou arte suave, era o nome dado às artes marciais no Japão antes da fundação do judô em 1882, por Jigoro Kano. Inspirado nas técnicas de alavanca do Jiu-Jítsu e na ideia de um “mínimo de força com o máximo de eficiência”, Kano difunde o judô pelo mundo através de seus discípulos. Um deles, Mitsuyo Maeda, conhecido como Conde Koma, chega em Belém do Pará no início do século passado e em pouco tempo se torna a grande referência dos desafios promovidos entre lutadores de Gastão Gracie. Impressionados com sua habilidade, os filhos de Gastão, Hélio e Carlos Gracie, se tornam seus primeiros discípulos. A partir de então começa a história do que décadas depois ficaria conhecido como “Brazilian Jiu-Jitsu”, hoje presente em mais de oitenta países e também na história do Instituto Reação.
Nossa história com o Jiu-Jítsu começa em agosto de 2000 quando ainda éramos conhecidos como “Educação Criança Futuro”. Na época, judô e jiu-jítsu eram duas modalidades do projeto na Rocinha, inspirados num personagem fundamental para o nascimento do Reação, Pedro Gama Filho, faixa preta das duas modalidades. Somente a partir de 2023, o jiu-jítsu passou a fazer parte da estrutura dos demais programas, com foco principal em alunos entre 9 e 14 anos, da pré equipe de judô, nos polos Rocinha e Cidade de Deus. Aos poucos, a ideia é que esta arte marcial, liderado pelo faixa coral (sétimo dan), Paulo Caruso esteja presente em todas as faixas etárias. Na equipe de professores com Caruso estão Ricardo Melero, Maurício Miranda e Fabiano Soares.
O programa tem como missão transformar realidades dentro e fora do tatame, formando atletas e professores em uma modalidade que cresce em todo mundo, e que tem ligação com o Instituto desde a sua fundação.
Hoje, mais de dez alunos formados pelo Reação vivem do jiu-jítsu em países como Quatar, Emirados Árabes, China e Estados Unidos e, com o novo projeto aprovado em lei de incentivo, a ideia é que esse número cresça significativamente, sempre respaldados pelo lema do Reação: “alunos bons em pé, bons no chão e bons na transição”.