“O que aconteceu com os nossos atletas mostrou que realmente através do esporte existem exemplos significativos de superação para todo mundo e todo Brasil”
Geraldo Bernardes, Coordenador do Reação Olímpico e técnico de judô do Time Olímpico de Refugiados.
Popole Misenga (31 anos) nasceu na República Democrática do Congo, na África, um país que vive em guerra civil até hoje. Ainda criança ele fugiu dos ataques, perdeu o contato com a família e cresceu em um campo de refugiados. Apesar de sofrer muitos maus-tratos, aprendeu a lutar judô e se tornar um faixa preta.
Ele chegou ao Rio de Janeiro em 2013, para participar do Campeonato Mundial de Judô, mas foi abandonado por seus técnicos sem comida e documentos. Popole, mesmo muito fraco, lutou, mas perdeu o combate por falta de competitividade.
A história dele encontrou o Instituto Reação em 2015, através da Cáritas, instituição que o resgatou das ruas. Ele voltou para o tatame e foi abraçado por uma nova família, uma nova pátria. Em 2016, foi escolhido pelo Comitê Olímpico Internacional para integrar o primeiro Time de Refugiados da história dos Jogos Olímpicos, na categoria 90kg. A medalha não veio, mas ele venceu a maior batalha que travou durante a vida inteira, e agora consegue viver sua vida em liberdade.
O judoca continua treinando no Instituto Reação e competindo pelo Time de Refugiados em competições estaduais.