18 nov A não-violência contra a mulher é um tema atual e importante para a sociedade. Saiba mais sobre esse grande dia!
A não-violência contra a mulher é um assunto tão importante a ser debatido que tem até um dia destaque: 25 de novembro.
No entanto, isso não quer dizer que o tema e as ações voltadas para resolver esse problema devam ser evidenciados apenas nessa data. Muito ao contrário disso!
É preciso lembrar que todos os dias dezenas e dezenas de mulheres sofrem algum tipo de violência física, sexual, psicológica, moral ou patrimonial, muitas dessas dentro dos seus próprios lares.
A pandemia do novo coronavírus, inclusive, tem aumentado o número de casos, visto que o isolamento social obrigou as mulheres a permanecerem muito mais tempo ao lado dos seus agressores.
O que pode ser feito para incentivar e conscientizar sobre a importância da não-violência contra a mulher?
Como surgiu o Dia Internacional da Não-violência Contra a Mulher
O Dia Internacional da Não-violência Contra a Mulher foi instituído em 1999 pela OMS (Organização Mundial de Saúde).
A data, 25 de novembro, é uma homenagem às irmãs dominicanas Pátria, Maria Teresa e Minerva Mirabal, que foram torturadas e mortas a mando do ditador Rafael Trujillo, da República Dominicana, na mesma data, no ano de 1960.
Aqui no Brasil, quem chamou a atenção para essa luta foi a brasileira Maria da Penha Maia Fernandes, que ficou paraplégica após seu marido atirar em suas costas enquanto ela dormia. Mesmo depois desse ato, ele ainda tentou matá-la eletrocutada.
Maria da Penha passou mais de 19 anos buscando justiça. Sua luta deu origem à lei 11.340, de 7 de agosto de 2006, que leva o seu nome e determina que todos os casos de violência doméstica ou intrafamiliar sejam considerados crimes. Por isso, devem ser julgado por juizados especializados de violência doméstica contra a mulher.
O aumento da violência doméstica durante a pandemia do coronavírus no Brasil
Ainda que, atualmente, exista esse amparo legal, os casos de violência contra as mulheres crescem a cada dia, especialmente agora durante a pandemia.
Por conta do risco de contaminação pelo novo coronavírus, as famílias se viram obrigadas a passar muito mais tempo juntas. Nesse cenário, muitas mulheres ficaram ainda mais expostas aos seus agressores.
Dados apontam que, infelizmente, o número de feminicídio aumentou 22% em 12 estados brasileiros entre os meses de março e abril.
Além do desprezo que o autor do crime sente em relação à identidade de gênero da vítima, questões como estresse, ansiedade e condições econômicas podem estar contribuindo para o aumento de casos de agressão às mulheres neste período.
Violência além da física
Quando se fala de violência contra a mulher, o mais comum a se pensar são as agressões físicas. No entanto, é preciso considerar também a patrimonial, a moral e a psicológica.
Muitas são inferiorizadas por seus agressores por conta da sua cor, escolaridade, profissão, entre outras características.
As que são dependentes financeiramente dos seus maridos e companheiros, por exemplo, tendem a ser constantemente humilhadas devido a essa condição. Várias se sentem obrigadas a aceitar certas situações por não terem como se manter e/ou manter os seus filhos.
Psicologicamente a questão não é muito diferente. A diferença de gênero quando não resulta em agressões físicas, pode desencadear verdadeiras torturas mentais que vitimiza a mulher tanto quanto o ataque ao seu corpo físico.
Uma das maneiras de promover a não-violência contra a mulher é orientando-as sobre os seus direitos.
Somado a isso, projetos sociais e ações que geram o empoderamento feminino, a consciência de que é preciso buscar ajuda quando os casos de violência começam e que há outros caminhos a seguir, é fundamental.
O Instituto Reação realiza um importante trabalho que também tem esse foco.
Conheça mais sobre o Reação com Elas e confira como esse projeto ajuda as mulheres que têm algum vínculo com o trabalho realizado por nós.