22 ago Atletas e institutos sociais: conheça os destaques das Olimpíadas de Paris 2024
O cenário esportivo brasileiro é marcado por histórias de superação e resiliência e a participação de atletas que começaram suas trajetórias em projetos sociais foi um destaque nas Olimpíadas de 2024. Esses programas buscam transformar vidas através do esporte e da educação, oferecendo oportunidades para crianças e jovens em situação de vulnerabilidade.
Entre os representantes do Brasil nas Olimpíadas de Paris 2024, quatro atletas se destacam por suas origens humildes e suas conquistas: Roberta Ratzke, Isaquias Queiroz, Rebeca Andrade e Rafaela Silva.
Roberta Ratzke
Sua história começou no Instituto Compartilhar, em Curitiba, uma iniciativa criada por Bernardinho. Roberta entrou no projeto aos oito anos, onde não apenas aprendeu as técnicas do voleibol, mas também absorveu valores fundamentais como respeito, empatia e trabalho em equipe. Hoje, ao disputar sua segunda Olimpíada, Roberta carrega consigo os ensinamentos do Instituto, mostrando que o esporte é uma ferramenta de transformação social.
Isaquias Queiroz
De origem humilde e infância marcada por dificuldades, Isaquias encontrou na canoagem uma saída e uma esperança. Aos 13 anos, ingressou em um projeto social, chamado Remando em Águas Baianas, que visava incluir jovens através do esporte. Sua determinação e talento o levaram a ser descoberto por Jefferson Lacerda, destaque da canoagem em sua cidade, e desde então, Isaquias conquistou cinco medalhas olímpicas.
Rebeca Andrade
Desde pequena, demonstrou uma fascinação pela ginástica, começando a treinar em um projeto social que oferecia aulas para crianças de comunidades carentes. Integrante do projeto “Futuro Campeão”, Rebeca não apenas desenvolveu suas habilidades técnicas, mas também absorveu valores como disciplina e trabalho em equipe. Sua trajetória de sucesso é um exemplo inspirador de como a dedicação e o apoio certo podem levar ao topo do mundo esportivo.
Rafaela Silva
Rafaela Silva, judoca nascida na Cidade de Deus, Rio de Janeiro, é um exemplo vivo de como o esporte pode ser um caminho de superação. Aos 11 anos, Rafaela ingressou no Instituto Reação. Ali, ela encontrou no judô não apenas uma paixão, mas também uma forma de vencer as dificuldades da vida. Além de suas conquistas no tatame, Rafaela é conhecida por sua resiliência, enfrentando e superando preconceitos e críticas ao longo de sua carreira. O Instituto Reação, que vai além do esporte ao focar na formação cidadã e no reforço escolar, foi crucial em sua jornada para se tornar uma atleta olímpica de destaque.
O impacto dos projetos sociais no esporte brasileiro
Os exemplos de Roberta, Isaquias, Rebeca e Rafaela mostram como os projetos sociais desempenham um papel vital na descoberta de talentos e na formação de cidadãos. Iniciativas como o Instituto Compartilhar, o Remando em Águas Baianas, o “Futuro Campeão” e o Instituto Reação oferecem muito mais do que treinamento esportivo. Elas proporcionam um ambiente de aprendizado, onde valores como respeito, disciplina e trabalho em equipe são cultivados, preparando jovens para a vida dentro e fora das competições.
O Brasil celebra não apenas as conquistas esportivas, mas também a importância das instituições que os apoiaram desde o início. Essas histórias são uma prova de que, quando se investe em esporte e educação, os resultados vão muito além das medalhas – eles transformam vidas e inspiram novas gerações.