Você sabe por que é tão importante falar de preconceito com seu filho ainda na infância?

Você sabe por que é tão importante falar de preconceito com seu filho ainda na infância?

Crianças não nascem racistas nem preconceituosas. Ainda assim, falar de preconceito na infância é uma forma de garantir que se transformem em adultos melhores.

O Brasil é, por natureza, um país miscigenado. Isso quer dizer que desde os primeiros anos de vida a criança vai conviver com pessoas de diferentes raças, e essa “mistura” vai continuar a ser vista por toda a sua fase adulta.

Considerando isso, como garantir que seu filho se torne uma pessoa livre de qualquer discriminação racial desde cedo?

Falar de preconceito na infância é um bom caminho, mas somado a isso, os pais precisam ser exemplos em seus posicionamentos e atitudes.

Por que falar de preconceito na infância?

Ainda que exista uma lei contra os crimes de preconceito de raça e de cor (Lei nº 7.7160), e que 53,9% dos brasileiros sejam negros, muitos casos de racismo são presenciados diariamente.

A desigualdade por causa da cor da pele pode ser vista nos locais de trabalho e na educação, quando negros e pardos têm menos oportunidades do que os brancos.

Por exemplo, segundo o IBGE, enquanto 31,1% dos universitários são brancos, apenas 12,8% dos estudantes do nível superior são negros e 13,4% pardos.

Tudo isso afeta a vida e o futuro dessas pessoas e, justamente por esses motivos, falar de preconceito na infância é tão importante.

É fundamental que os pais deixem evidente, desde muito cedo, que as pessoas não podem sofrer qualquer tipo de diferenciação devido à cor da sua pele.

Esse distanciamento entre brancos e negros que, muito possivelmente vem da época da escravidão, já não deve mais fazer parte dos dias atuais.

As consequências do preconceito

Vale lembrar também que o preconceito não se limita à cor da pele. Tudo o que é considerado “diferente” por uma maioria pode levar a esse comportamento.

Pessoas obesas ou magras demais, por exemplo, também são vítimas de prejulgamentos e de exclusão, assim como as negras.

Atitudes como essas levam a quadros de bullying, que é caracterizado por um comportamento violento, agressivo e humilhador de forma intencional.

Infelizmente bastante comum nas escolas, o bullying causa diversas consequências na vida de quem sofre, algumas extremamente graves e com sequelas que podem ser sentidas por longos períodos.

O resultado desse preconceito exacerbado e declarado pode começar com a vontade de não comparecer mais às aulas ou ao local onde está sendo feito o bullying (cursos, academias etc), chegando até quadros de depressão, ansiedade e outras doenças.

Não raro, mas assustadoramente preocupante, são notícias de crianças e adolescentes que cometeram suicídio por conta do bullying que sofriam.

Considerando todos esses pontos, é fundamental falar de preconceito na infância, evidenciando quanto isso pode afetar a outra pessoa e, especialmente, despertando a empatia ao questionar “gostaria que isso acontecesse com você?”.

Como ser um exemplo para o seu filho?

A família é parte fundamental da estruturação da criança também no que diz respeito à sua vivência em sociedade.

Mas além de falar de preconceito na infância, é preciso que os pais sirvam de exemplo quanto a esse assunto.

O fato é que as crianças tendem mais a copiar atos do que seguir orientações verbais. Assim, se a postura dos adultos for preconceituosa, por mais que digam à criança para não ser, dificilmente ela acatará.

O mesmo vale para situações em que um erro foi cometido, seja ela racial ou qualquer outra situação que possa prejudicar alguém. Cabe aos pais reconhecerem a falha e mostrar à criança porque aquela postura não foi correta.

Aqui, no Instituto Reação, nosso trabalho visa ajudar para que crianças, jovens e adolescentes tenham um futuro melhor e mais igualitário, independentemente de raça ou cor da pele.

Nossos projetos envolvem também seus familiares, a fim de contribuir para que tenham ainda mais estrutura para orientar seus filhos em diferentes aspectos da vida.

Conheça mais sobre o Instituto Reação acessando o nosso site.



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