15 dez Você sabe por que é tão importante falar de preconceito com seu filho ainda na infância?
Crianças não nascem racistas nem preconceituosas. Ainda assim, falar de preconceito na infância é uma forma de garantir que se transformem em adultos melhores.
O Brasil é, por natureza, um país miscigenado. Isso quer dizer que desde os primeiros anos de vida a criança vai conviver com pessoas de diferentes raças, e essa “mistura” vai continuar a ser vista por toda a sua fase adulta.
Considerando isso, como garantir que seu filho se torne uma pessoa livre de qualquer discriminação racial desde cedo?
Falar de preconceito na infância é um bom caminho, mas somado a isso, os pais precisam ser exemplos em seus posicionamentos e atitudes.
Por que falar de preconceito na infância?
Ainda que exista uma lei contra os crimes de preconceito de raça e de cor (Lei nº 7.7160), e que 53,9% dos brasileiros sejam negros, muitos casos de racismo são presenciados diariamente.
A desigualdade por causa da cor da pele pode ser vista nos locais de trabalho e na educação, quando negros e pardos têm menos oportunidades do que os brancos.
Por exemplo, segundo o IBGE, enquanto 31,1% dos universitários são brancos, apenas 12,8% dos estudantes do nível superior são negros e 13,4% pardos.
Tudo isso afeta a vida e o futuro dessas pessoas e, justamente por esses motivos, falar de preconceito na infância é tão importante.
É fundamental que os pais deixem evidente, desde muito cedo, que as pessoas não podem sofrer qualquer tipo de diferenciação devido à cor da sua pele.
Esse distanciamento entre brancos e negros que, muito possivelmente vem da época da escravidão, já não deve mais fazer parte dos dias atuais.
As consequências do preconceito
Vale lembrar também que o preconceito não se limita à cor da pele. Tudo o que é considerado “diferente” por uma maioria pode levar a esse comportamento.
Pessoas obesas ou magras demais, por exemplo, também são vítimas de prejulgamentos e de exclusão, assim como as negras.
Atitudes como essas levam a quadros de bullying, que é caracterizado por um comportamento violento, agressivo e humilhador de forma intencional.
Infelizmente bastante comum nas escolas, o bullying causa diversas consequências na vida de quem sofre, algumas extremamente graves e com sequelas que podem ser sentidas por longos períodos.
O resultado desse preconceito exacerbado e declarado pode começar com a vontade de não comparecer mais às aulas ou ao local onde está sendo feito o bullying (cursos, academias etc), chegando até quadros de depressão, ansiedade e outras doenças.
Não raro, mas assustadoramente preocupante, são notícias de crianças e adolescentes que cometeram suicídio por conta do bullying que sofriam.
Considerando todos esses pontos, é fundamental falar de preconceito na infância, evidenciando quanto isso pode afetar a outra pessoa e, especialmente, despertando a empatia ao questionar “gostaria que isso acontecesse com você?”.
Como ser um exemplo para o seu filho?
A família é parte fundamental da estruturação da criança também no que diz respeito à sua vivência em sociedade.
Mas além de falar de preconceito na infância, é preciso que os pais sirvam de exemplo quanto a esse assunto.
O fato é que as crianças tendem mais a copiar atos do que seguir orientações verbais. Assim, se a postura dos adultos for preconceituosa, por mais que digam à criança para não ser, dificilmente ela acatará.
O mesmo vale para situações em que um erro foi cometido, seja ela racial ou qualquer outra situação que possa prejudicar alguém. Cabe aos pais reconhecerem a falha e mostrar à criança porque aquela postura não foi correta.
Aqui, no Instituto Reação, nosso trabalho visa ajudar para que crianças, jovens e adolescentes tenham um futuro melhor e mais igualitário, independentemente de raça ou cor da pele.
Nossos projetos envolvem também seus familiares, a fim de contribuir para que tenham ainda mais estrutura para orientar seus filhos em diferentes aspectos da vida.
Conheça mais sobre o Instituto Reação acessando o nosso site.