Dia Internacional da Mulher – 8 de março

Dia Internacional da Mulher

Dia Internacional da Mulher – 8 de março

Em 1975, o dia 8 de março foi definido pela Organização das Nações Unidas – ONU como o Dia Internacional da Mulher. Conheça a história da data e algumas mulheres inspiradoras para homenagear nesse dia!



Como surgiu o Dia Internacional da Mulher?
O Dia Internacional da Mulher teve origem no movimento operário e se tornou um evento anual reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU), representando a luta das mulheres por igualdade.

Existe uma teoria de que a origem da data seja o incêndio da fábrica têxtil em 25 de março de 1911, em Nova York. No entanto, o primeiro passo para a sua criação se deu em 1908, quando 15 mil mulheres nova-iorquinas marcharam exigindo a redução das jornadas de trabalho, salários melhores e direito ao voto. 2 anos depois, ainda em 1910, a ativista Clara Zetkin sugeriu a criação de uma data internacional na II Conferência Internacional de Mulheres Socialistas em Copenhague.

Nesse sentido, o incêndio faz parte de um contexto já consolidado de movimentos das mulheres por melhorias nas condições de trabalho e igualdade de direitos.


Desde quando o Dia Internacional da Mulher é comemorado?
A celebração proposta por Clara Zetkin não tinha uma data específica, mas uma greve de tecelãs russas exigindo “pão e paz”, contra a guerra e o regime czarista no dia 8 de março de 1917 foi o marco inicial para a celebração anual que temos hoje.

Em 1975, a ONU finalmente oficializou a data como Dia Internacional da Mulher, que hoje é comemorado em mais de 100 países. 



Histórias de mulheres que reagem para você se inspirar
Yolande Mabika
Yolande Mabika é uma judoca congolesa, refugiada no Brasil desde 2013. Separada dos pais aos 10 anos devido à guerra civil no Congo, começou a praticar o esporte como forma de se estruturar. Em 2013, veio ao Brasil para competir no mundial de Judô com seu parceiro Popole Misenga. No entanto, os atletas tiveram seu dinheiro e passaportes confiscados, e foram confinados em seu quarto de hotel, sem comida e sem forma de se comunicar.

Depois de fugirem, passaram dias nas ruas até que foram resgatados pela instituição Cáritas, que fez a ponte com o Instituto Reação em 2015. Em 2016, foram escolhidos pelo Comitê Olímpico Internacional para integrar o primeiro Time de Refugiados da história dos Jogos Olímpicos, ele na categoria 90kg e ela na 70kg. As medalhas não vieram, mas Yolande venceu a maior batalha que travou durante a vida inteira, e agora consegue viver sua vida em liberdade.

 

Rafaela e Raquel Silva
As irmãs Rafaela e Raquel Silva marcaram seus nomes na história do Judô brasileiro, cada uma em sua especialidade.

Nascidas e criadas na comunidade da Cidade de Deus, no Rio de Janeiro, entraram no Instituto Reação como uma forma de explorar novos mundos e possibilidades, fugindo da trajetória de muitas outras jovens da região.

Rafaela entrou no Reação aos 8 anos, e aos 16 conquistou o primeiro campeonato mundial júnior. Desde então, sua jornada nos tatames foi de muita superação e vitória, coroada com o ouro olímpico na Rio 2016.

Raquel foi a primeira campeã pan-americana de judô do Instituto Reação e, apesar de lesões e gravidez precoce, nunca se deixou abalar, tendo conquistado medalhas em diversas competições internacionais. Hoje é formada em licenciatura e Bacharelado em Educação Física, a primeira da família com formação superior. Está começando a pós graduação e levando tudo que sabe para os alunos do Reação como sensei. A filha, que hoje tem 12 anos, segue os passos da mãe e também pratica o esporte.

 


Jéssica Pereira
Nascida no Morro do Dendê, uma das comunidades mais violentas da Zona Norte do Rio, Jéssica faz parte de um grupo de cinco irmãos judocas, dos quais três integram a equipe do Instituto Reação.

 

A atleta foi Vice-Campeã Mundial Sub 21 em 2013, Campeã Pan-americana Sub 21 em 2014, ouro nos Jogos Sul-americanos de 2014 e prata no Aquece Rio –evento-teste dos Jogos Olímpicos de 2016.

 

A judoca, que atualmente estuda Direito, ainda garantiu seu lugar na categoria 52Kg da Seleção Brasileira Sênior e sonha em disputar uma Olimpíada.


Daniele Ferreira
Moradora do Morro do Tirol, em Jacarepaguá, Daniele começou a fazer judô aos 9 anos com o Técnico Geraldo Bernardes. Nascida em uma família humilde, iniciou seus estudos em um colégio municipal e conseguiu por conta própria uma bolsa de estudos em um colégio particular.

 

Sempre se mostrando uma aluna dedicada, Daniele concluiu sua formação universitária como professora de educação física, se formou em inglês e ainda ganhou uma bolsa de estudos para um intercâmbio técnico e cultural na Alemanha. Hoje, é professora da Escola de Judô do Instituto Reação na Cidade de Deus, se tornando “uma das maiores revelações como professora do Instituto”, segundo seu técnico Geraldo Bernardes.



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