Saiba quantas vezes o Reação esteve nas Olimpíadas

Saiba quantas vezes o Reação esteve nas Olimpíadas

 

As Olimpíadas de Tóquio chegaram ao fim e quem nos acompanha, sabe da nossa identificação com a competição. Se no último texto do blog nós apresentamos Popole, atleta da seleção dos refugiados que disputou a competição pela segunda vez, hoje vamos contar um pouco mais da história de outras feras que representaram o Reação.

Para começo de conversa, não poderíamos citar outro que não fosse o Flávio Canto. Responsável por idealizar o Instituto Reação junto com o treinador Geraldo Bernardes em 2003, o judoca conquistou a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Atenas logo no ano seguinte, após derrotar o polonês Robert Krawczyk na última luta. Vale destacar que foi a 12ª medalha desse esporte para o país, tornando o judô brasileiro a modalidade com mais pódios olímpicos, ao lado da vela.

Se atingimos esse patamar, muito devemos à colaboração de Geraldo Bernandes! Técnico da seleção brasileira de judô em incríveis 4 Olimpíadas (Seul 88, Barcelona 92, Atlanta 96 e Sidney 2000), a lenda conquistou seis medalhas olímpicas. Depois disso, passou a transformar pessoas e começou a treinar Rafaela Silva, judoca nascida na Cidade de Deus.

Após uma edição em branco, o ano de 2012 representou um marco na história do Reação. Foi nas Olimpíadas de Londres que Rafaela Silva se tornou a primeira atleta a representar o Instituto na competição. Com apenas 20 anos, era a judoca mais jovem de toda a equipe brasileira e vinha muito bem no tatame, dominando a luta, até ser desclassificada por um golpe ilegal em combate válido pelas oitavas de final. O baque foi inevitável e a atleta não conseguiu conter as lágrimas, sobretudo pelo potencial que tinha para chegar mais longe.

A boa notícia, no entanto, é que quatro anos depois voltou à competição e subiu ao lugar mais alto do pódio. Comandada por Geraldo, Rafa derrubou cinco adversárias e conquistou o ouro inédito nas Olimpíadas do Rio de Janeiro. Na final, venceu por wazari Sumiya Dorjsuren, judoca da Mongólia e líder do ranking mundial.

– Se eu pudesse servir de exemplo para crianças da comunidade, é o que eu tenho para passar para o judô. Treinei tudo que podia nesse ciclo, saía treinando, chorando, queria a medalha. Trabalhei o suficiente para conquistar. Para uma criança que cresceu numa comunidade, que não tem muito objetivo na vida, como eu, que sou da Cidade de Deus, e começou a fazer judô por brincadeira, agora sou campeã mundial e olímpica  – disse em entrevista logo após sair do tatame.

Ainda sobre as Olimpíadas do Rio de Janeiro, como citamos no último texto publicado aqui no blog, tivemos a primeira participação de Popole Misenga, outro judoca comandado por Geraldo. Vale ressaltar, no entanto, que antes de se tornar um atleta olímpico do Reação, o congolês ultrapassou uma série de barreiras em uma verdadeira história de sobrevivência. Sua preparação, inclusive, só não foi melhor porque o visto foi negado para competir em três etapas do circuito e o atleta acabou sendo derrotado na estreia para o italiano Matteo Marcocini. 

Em 2021, nas Olimpíadas de Tóquio, além da participação do nosso judoca do Congo, tivemos duas atletas da seleção de base convidadas pela CBJ (Confederação Brasileira de Judô) para conhecerem e viverem a experiência do evento olímpico. Thayane Lemos e Yasmim Lima viajaram para o Japão para assistirem a competição, mas têm tudo para estarem competindo em 2024, nos Jogos Olímpicos de Paris. Estamos na torcida!



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